Serei o supérfluo na tua vida,
aquilo de que não necessitas,
mas que usarás, sempre que tudo o que tens,
não te baste.
Serei o bastão que podes usar para sovar o mundo,
sempre que o mundo te seja injusto.
Serei o teu apoio quando não quiseres baixar a bandeira do teu orgulho,
mas precises de ajuda para te ergueres: não direi a ninguém que te ajudei.
Serei o que tu rejeitarás quando a raiva te ensurdecer para as palavras,
e estarei para ti quando a bonança vier.
Serei o teu escudo contra a tempestade, mas serei também o batente da tua dor.
Serei tudo isso, muito mais ou nada, apenas.
Serei eu e nada mais.
Terás a minha mão discreta, para não te fragilizar perante os outros.
Dar-te-ei o apoio subtil que os soldados dão aos generais, sem nunca te retirar os galões,
aquilo de que não necessitas,
mas que usarás, sempre que tudo o que tens,
não te baste.
Serei o bastão que podes usar para sovar o mundo,
sempre que o mundo te seja injusto.
Serei o teu apoio quando não quiseres baixar a bandeira do teu orgulho,
mas precises de ajuda para te ergueres: não direi a ninguém que te ajudei.
Serei o que tu rejeitarás quando a raiva te ensurdecer para as palavras,
e estarei para ti quando a bonança vier.
Serei o teu escudo contra a tempestade, mas serei também o batente da tua dor.
Serei tudo isso, muito mais ou nada, apenas.
Serei eu e nada mais.
Terás a minha mão discreta, para não te fragilizar perante os outros.
Dar-te-ei o apoio subtil que os soldados dão aos generais, sem nunca te retirar os galões,
sem nunca te deixar vulnerável.
Manter-te-ei orgulhosa de ti e com a altivez que queres que o mundo veja.
Não direi nada a ninguém.
O preço do meu silêncio será ver-te caminhar erecta, vertical, digna.
Serei o supérfluo na tua vida.
Manter-te-ei orgulhosa de ti e com a altivez que queres que o mundo veja.
Não direi nada a ninguém.
O preço do meu silêncio será ver-te caminhar erecta, vertical, digna.
Serei o supérfluo na tua vida.
Texto: Maria João Martins
Fotografia: Paula dos Santos
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