segunda-feira, 8 de junho de 2015

Poeta


Quem me dera ser poeta.
Ser capaz de com um verso
dar vida ao que eu quisesse,
conseguir dar ao mundo
a luz branca da poesia
Ter numa mão um sonho
e na outra cinco dedos prontos
a agarrar outro que viesse,
e na alma a alegria
de conseguir ser poeta,
e dar vida ao que eu quisesse.
Quem me dera não ver
aquilo que todos vêem.
Se eu fosse poeta não via.
Teria uns olhos diferentes,
maiores e mais bonitos,
mais brilhantes e mais limpos,
tão profundos e sinceros
como só são os olhos da poesia.


Texto: Maria João Martins
Fotografia: Domingos Ribeiro

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