terça-feira, 1 de junho de 2010

Impossível descrever

Ouvindo as últimas notícias do mundo somos tomados pelo espanto, pela incredulidade ou por qualquer coisa estranha que é impossível descrever. Ainda assim, é sempre um exercício tentar escrever sobre algo que não compreendemos. Nos últimos dias vêm ao mundo notícias de que um comboio humanitário com ajuda para a Palestina terá sido atingido por forças israelitas, com o resultado de 10 ou 19 mortos (conforme a estação de rádio que ouvirmos). Não discutindo as razões deste conflito de séculos, porque na minha modesta opinião nem os beligerantes já se lembram porque é que guerreiam, não deixa de ser chocante que activistas civis sejam alvo de ataques directos. Não fosse Israel um povo que sofreu um dos mais tristes episódios da Humanidade e poderíamos até tentar compreender um tão forte desejo bélico e de domínio. Dir-se-ia até que estaríamos a assistir a um acto de vingança, ainda que tardio. Porém, nem o alvo dessa vingança poderia ser o povo palestiniano, nem conviria a Israel vingar-se do seu originário agressor. Estão a imaginar Israel a atacar um combóio humanitário com origem ou com destino na Alemanha? Não estão, pois não? Nem eu! Então, qual a necessidade destes actos por parte de um país que se gaba de feitos como ter conseguido que o deserto parisse citrinos? E qual a tolerância do mundo perante isto? A NATO já fez exigências, alguns países já condenaram, o Egipto já abriu um canal de acesso ao Estado Palestiniano para ajuda humanitária e circulação de feridos e doentes. E?! Aquela coisa dos embargos, das sanções internacionais, não se aplica? Era só para saber...

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